Passos Coelho afirmou: “o povo português tem sido extremamente paciente na forma como enfrentou – enfrentou? Já não enfrenta?! – as dificuldades, incluindo o desemprego”.
Decididamente, Passos Coelho não conhece o povo do seu país, não imagina quanta impaciência, quanta dor, quanto sofrimento se acolhem em milhares e milhares de famílias portuguesas ou é um hipócrita sem vergonha. Talvez as duas coisas. O que os portugueses são é demasiado pacíficos. Até ver.
Para não falar agora noutros “crimes”, questionemo-nos apenas como é que os portugueses a quem sacaram o subsídio de férias e o 13.º mês se sentem quando sabem que há uma corja que vive à sombra protectora dos ministros, à custa do erário público, muitos sem quaisquer méritos reconhecidos, e recebem dois meses de abono suplementar, que é como quem diz subsídios de férias e de Natal? Muita transparência!
Compreensível o choque que sofreu D. Januário Torgal Ferreira, o bispo das Forças Armadas e assertiva a sua revolta expressa na afirmação de que as palavras de Passos Coelho configuram um agradecimento a um povo “tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico”.
Pobres portugueses que têm ao seu leme, gente – gente?! – que os trata assim!!
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