quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ena, tantos...

O ministro Macedo (MAI) ufana-se de que não há memória de haver um incêndio, em Portugal, combatido por tantos operacionais, como foi o do Algarve. Com muitos mais anos e uma ligação muito mais forte à problemática dos incêndios florestais, concordo plenamente. Mas há a memória, em mim e muitos outros que estão ou passaram pelas fileiras dos BOMBEIROS, e não tenho qualquer dúvida na afirmação, que...já foram combatidos maiores incêndios, em circunstâncias bem mais difíceis, com muito menos operacionais, muito menos meios, mas muito mais eficácia e, consequentemente, muito menos destruição, muito menos prejuizos.


Esta falta de eficácia tem vindo a verificar-se (será mera coincidência?!) depois que quiseram subalternizar a estrutura BOMBEIROS, dando protagonismo à Protecção Civil. Muitos se recordam, e, provavelmente, eu, por motivos conhecidos, mais que quaisquer outros, da exibição de protagonismo da Protecção Civil e outros) nas operações na Tragédia de Entre-os-Rios. Uns exibiam-se, os BOMBEIROS trabalhavam. Infelizmente, ninguém aprendeu nada. Nem o actual presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) que por lá andou em funções "policiais".

O que é necessário é que os operacionais e meios estejam no local certo, à hora certa e que cada qual, sobretudo quem comanda e coordena, para além da missão que deve ter bem definida, seja capaz de, no momento exacto, sem hesitações, ainda que contrariando regras ou normas, mas usando de bom-senso, tomar as decisões adequadas que respondam aos incidentes que frequentemente surpreendem num incêndio florestal.

Em muitos casos, muitas pessoas e muitos meios são mais motivo de estorvo do que de ajuda.

Cada qual que tire as ilações que quiser ou puder.

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