segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vamos todos empunhar um cravo vermelho em 25 de Abril

Só por fanatismo ideológico, cegueira intelectual, falta de atenção e reflexão sobre medidas que vêm sendo tomadas pelos governantes, o seu “modus faciendi”, se pode acreditar que a democracia não está a ser posta em causa. Se não nos mantivermos vigilantes, de atentado em atentado, se não até ao seu derrube, pelo menos até ao seu enfraquecimento, é um passo.
São tantos os actos que põem em causa a democracia e que qualquer pessoa sem segundas ou transviadas intenções facilmente nota, que quase me escusaria de os mencionar, mas deixe-me referir alguns, sem qualquer ordem cronológica ou de importância, que no momento me ocorrem. Que dizer do acto de impedir António Costa, o edil de Lisboa, de entrar na Maternidade Alfredo da Costa (MAC)? Depois de Passos Coelho ter chumbado o PEC IV, porque não se podem pedir mais sacrifícios aos portugueses”, segundo as suas palavras, depois de afirmar que cortar os subsídios de férias e de natal era uma estupidez, sabemos o que aconteceu. Sabemos e sofremos muito com isso. Fomos enganados e espoliados. Mentiras atrás de mentiras, decisões tomadas à socapa, falta de transparência, suspensão de reformas antecipadas, ataque sistemático ao Trabalho e defesa do Capital, são actos que atentam contra a democracia. Quem já, algum dia, impôs tantos sacrifícios aos portugueses?! Ninguém.
Passos Coelho, com todas estas medidas e ao tornar-se lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkozy, de que se ufana, solidários só na sua cabeça, matou a nossa independência. Sem independência não há democracia que resista.
Deixe-me dar uma sugestão: para mostrar que estamos alerta, que nos podem empobrecer, mas não subjugar, vamos todos ser portadores, na mão ou na lapela, de um cravo vermelho, no próximo dia 25 de Abril. A democracia merece e agradece. Os cultivadores de flores e as floristas também.

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