terça-feira, 24 de maio de 2011

Que o domingo passe a ser ao sábado

Os dirigentes políticos já nos habituaram a mandar pela boca fora algumas tiradas, umas sem pés nem cabeça, mas porque lhes parece que poderão produzir o aconchego de mais uns votos, aí vão elas; outras que até teriam algum sentido e seria bom que se concretizassem, mas porque implicam audácia, algum risco, acabam por ficar para as calendas. Poderíamos aqui enumerar várias destas últimas que chegam a andar décadas nas bocas dos políticos, em épocas de eleições e nunca passam disso mesmo: promessas. Como já não tenho muita pachorra para perder muito tempo com esta gentalha de beijinhos, abraços e palmadinhas nas costas sazonais, quero apenas referir-me à ideia, que também não é inédita, de alterar os feriados, encostando-os aos domingos. Isto em nome da produtividade, dizem os “sábios”. Parece que não sabem que não é por aí que passa a produtividade. Não é por falta de dias suficientes de trabalho. Ela passa essencialmente por dois aspectos: salários baixos e falta de empenho de muitos dos nossos trabalhadores que agem como se a empresa ou a instituição onde operam, não lhes digam mais respeito que não seja a obrigação de lhes pagar ao fim do mês, aquilo que produziram muito abaixo do que deveriam. Vejamos como os mesmos trabalhadores que cá não produzem, são apontados como exemplo no estrangeiro. Sobre isso é que os políticos se devem debruçar.
Bom, mas o que eu queria dizer é que não concordo minimamente que se alterem os dias de comemoração dos feriados. Não acho graça nenhuma comemorar o 25 de Abril no dia 23, 24, 26 ou 27,o 5 de Outubro, o primeiro de Maio, etc., em qualquer outro dia que não seja o real. Se alguém entende que alterar é que está certo, em nome da produtividade, então eu dou uma sugestão que rende muito mais: passem o domingo para o sábado. Ao actual domingo chamem-lhe primeira feira e vejam só que teremos mais 52 dias de trabalho no ano. Que tal? Gostam da ideia. Tenham juízo e pensem em coisas mais sérias que as há e muitas e deixem-se de entreter o Zé.
“A política é a arte de se servir dos homens fazendo-os crer que os serve a eles”.

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